(Vera)
Aquilo da
Raquel ter ficado noiva, a meu ver então passava de uma história muito mal
contada… ainda há pouco se conheciam e agora estavam noivos! Ou queriam fazer
isto à presa por uma razão em especial, ou um deles não estavam bem da cabeça.
Comentei
isto com o Rúben, que sendo o “defensor da pátria” ficou logo do “outro lado”.
Rúben: Não
os pode ver feliz é? Ele gosta imenso dela. - olhámos para a frente e vimos
eles os dois juntos, ela com os braços sobre o pescoço dele, dançando. - E ela
dele… só temos de ficar felizes por eles.
Vera: Eu
fico muito feliz, mas fogo deixa-me só um pouco curiosa…
Rúben: O
Hugo não me disse nada sobre pedir a Raquel em casamento, mas pode ter sido
algo que decidiu sem pensar.
Vera: Ou
anda ali mais qualquer coisa.
Rúben: Como
por exemplo, senhora inspectora? - ele “gozava” com o meu sexto sentido.
Vera: Não
sei , mas vou descobrir. - ele gargalhou. - É verdade, nunca me engano.
Rúben: Então
depois avisa quando descobrires, sim?
Vera: Goza
o que quiseres, mas depois ainda me vais dar razão.
Rúben: Sim,
sim… Agora a menina, não quer ir dançar?
Vera: Dançar?
- sorri, ao ouvir o convite que ele me tinha feito.
Ele colocou
o seu copo sobre a mesa que estava mais próxima, e com um sorriso estendeu a
mão. Entrelaçou-a na minha e levantei-me, coloquei o meu também ao lado do seu
copo. Ao chegarmos à pista de dança, ele colocou as suas mãos na minha cintura
puxou-me para perto dele, senti o seu corpo contra o meu. Aproximei os nossos
rostos e beijei-o.
Por vezes
olhava para a Raquel e para o Hugo e por mais que me custasse a admitir, parecia
que o Rúben tinha mesmo toda a razão, eles estavam todos felizes.
Ao chegar a
casa estava mesmo muito cansada e até o Rúben tinha fica exausto, logo
deitámos-mos, para além de ficar aconchegados, o Soja ainda se veio juntar a
nós os dois.
Isto levou
a que o Rúben começasse logo a refilar, porque não queria que ele ficasse
connosco mas lá o convenci a partilhar a cama com o meu pequenino.
XXX
Não gostava
nada quando o Rúben tinha jogos fora, para além de não poder ir ao estádio o
ver fica sem o ver um ou mais dias… o que não era mesmo nada bom. Ainda tentei
ter uma recompensa por ele hoje ir embora, e ter uns “mimos” logo pela manhã
mas o relógio não parava e teve mesmo de ir.
Tomei o pequeno-almoço,
vesti-me e lá fui para o mercado. Hoje recebi alguns caixotes com produtos
frescos e como tal o rapaz das entregas ajudou-me a levar cada caixa até à
banca.
A Raquel, talvez
por ontem ter tido aquela “surpresa”, hoje apareceu mais tarde, e veio
acompanhada pelo Hugo que foi quem lhe
preparou a banca.
Mesmo com a
atender a clientela reparei que ele demorou algum tempo para se despedir dela, parecia
que estava a dar lhe algum conselho ou assim. Quando foi embora, ela atendeu os
seus clientes e eu continuei a atender os meus.
Como disse
que ia estar mais “atenta”, à hora de almoço, fui até à sua banca fazer um
pequeno convite.
Raquel: Queres
que eu vá contigo almoçar?! Parece mentira…. - riu.
Vera: Vim
para ter uma resposta sim ou não? E também ia convidar a Teresa.
Raquel: Acho
que pode ser. - virou-se, pegou na sua mala e olhou-me. - Vamos lá falar com a
Teresa.
A Teresa
também disse que aceitava ir almoçar, e por isto fomos até ao barcarense. Colocámos
uma mesa para três, e mandámos vir o nosso almoço. Como o prato do dia era
francesinha e como deixou-nos às três com água na boca, foi o prato escolhido.
Teresa: É
mesmo bonito. - disse ao largar, pela milésima vez, a mão da Raquel para voltar
a ver aquele anel. Eu apenas bebi mais um pouco da minha bebida, e revirei os
olhos.
Raquel: A
inveja é muito feia Verinha… - olhei-a.
Vera: Desculpa?
Raquel: Para
além de não parares de olhar para o meu anel com este olhar carregadinho de
inveja, até rebolas os olhos quando dizem alguma coisa sobre meu lindo anel.
Vera: Eu
não estou nada mas mesmo nada, invejosa!
Teresa: É
claro que não está. - falou para “por termo” à nossa conversa. - A Vera como
tua amiga está é feliz por ti, aliás estamos todos.
Raquel: Também
se tem razões não me estranhava…
Vera: Repete
se faz favor. - ela olhou-me.
Raquel: Que
tens razões para ficares invejosa. - falou e deu-me um pequeno sorriso.
Vera: Ai
tenho?
Raquel: Sim,
tens. Não queiras comparar o Rúben ao Hugo. - ouvi o que ela disse e levantei
as sobrancelhas. - Não faças esta cara que é pura da verdade.
Vera: O
Rúben não precisa de me pedir em casamento para mostrar nada, entende isto. Tu
é que deves ter um complexo qualquer, olha talvez foi isto que levou o Hugo a
pedir-te em casamento.
Raquel: Estás
a ver?! Olha aí carregadinha de invejas.
Vera: Posso
te garantir que não é inveja, é que eu e o Rúben estamos muito bem como
estamos.
Teresa: E
tu e o Hugo também estão, por isto acabou aqui esta conversa. - olhei para a
Raquel e ela olhou-me e como a Teresa se tinha colocado a “meio” acabamos por
pôr fim à nossa discussão.
As nossas
“ricas” francesinhas chegaram e não demorou muito até nós limparmos os pratos. Tanto
eu como a Teresa assim que terminámos, ficamos mais do que satisfeitas já a
Raquel não parava de olhar para a vidreira do bracarense. Ela apenas deixou de
o fazer quando voltou para a mesa com uma sobremesa na mão.
Teresa: Mas
como é que ainda tens fome?
Vera: Isto
eu também gostava de saber… - ela olhou-nos.
Raquel: Eu
podia deixar de ficar sem provar este cheesecake! Tinha cá um aspecto. - estávamos
tão cheias que nem sabíamos como raio ela conseguia comer, mas lá deixávamos
ela se deliciar com aquele cheesecake.
Ricardo: Olá
princesa. - olhei para o meu lado esquerdo e vi a puxar a cadeira que se
encontrava vazia, aquela alminha que eu até pagava para não ver.
Vera: Ai
por amor de Deus…. - falei para mim mesma.
Ricardo: Ficas
logo toda assanhada quando me vês. - ia me tocar no rosto mas desviei-me para
que isto não acontecesse. Já a Raquel apenas se ria.
Vera: Isto
é porque a tua presença me incomoda, e muito!
Ricardo: Olha
que gostava de saber porque, nunca te fiz nada. Pelo contrário, se me deixares
eu até te faço muita coisa, mas tudo para ficares feliz lindinha.
Vera: Pois
mas eu não quero nada de ti.
Raquel: Ela
já tem o seu Amorinzinho. - a Teresa deu uma cotovelada na Raquel pois já era
suficiente falar, quanto mais trazer o Rúben para a conversa.
Vera: Deixa
o meu namorado fora desta conversa se faz favor.
Ricardo: Ele
podia era se fazer à estrada. - olhei-o.
Vera: É que
nem voltes a dizer isto, eu fico bem é quando o Rúben está por perto ouviste? E
não há nada, mas mesmo nada que possas fazer que vá mudar isto. Podes parar com
estas tuas conversinhas foleiras que não vai em dar, acredita.
Ricardo: Mas….
Vera: Não
há mas, nem meio mas… compreende isto de uma vez por todas, sim?? - peguei na
minha mala e levantei-me. Não falei mais nada, paguei a minha parte e voltei
para a minha banca. Ao lá chegar pus me a ver umas revistas.
A Teresa e
a Raquel voltaram, e eu ouvi que elas falavam sobre a sessão fotográfica da
Raquel.
Vera: Estão
a falar sobre?-levantei-me e como quem não sabia qual era o assunto discutido
aproximei-me da banca da Raquel.
Raquel: Até
parece que estavas ali e não estavas a ouvir.
Vera: Porque
tens de ser sempre estúpida?!
Raquel: É
para não seres sozinha. -sorriu.
Teresa: Meninas!
- olhou-me. - Estávamos a falar sobre a sessão fotográfica da Raquel.
Vera: Humm,
já tem data?
Raquel: Sim,
é já amanhã. - falou toda feliz da vida.
Vera: Olha
que bom.
Ficamos
mais algum tempo a conversar mas depois o telemóvel da Raquel tocou e ela não
perdeu tempo a atender. Logo se notou que era o Hugo, levantou-se e foi embora.
Bufei ao ver que ela falava com ele, pois já tinha saudades do Rúben….
Teresa: O
que se passa, Verinha?-passou a mão numa madeixa do meu cabelo.
Vera: Não é
nada.
Teresa: Eu
conheço-te, diz me o que se passa, vá.
Vera: É o
Rúben…
Teresa: Chatearam-se?
Vera: Não, mas
ele vai ter agora jogo fora, ou seja não cá está…não estou com ele. - ela
sorriu ao ver que a razão para estar assim eram saudades.
Teresa: Ele
vai ficar muito tempo?
Vera: Dois
dias.
Teresa: Vais
ver que passa muito rápido.
Vera: Espero
que sim.
A conversa
com a Teresa sempre deu para tirar por alguns minutos o Rúben da minha cabeça. Voltei
para o trabalho e a Raquelinha não deixava o telemóvel da mão….Parecia que não
tinha mais que fazer a não ser falar com o Hugo.
Voltar para
casa não foi propriamente “divertido”…estar com o Soja apenas não era a melhor companhia,
mas enrosquei-me no sofá com o meu bola de pelo e vi televisão até adormecer.
XXX
Contava
minutos para ouvir o Rúben a tocar à campainha e finalmente chegar. Era domingo
e eu não ia trabalhar, levantei-me e comecei a arranjar a casa.
Ao tocar a
campainha, larguei tudo e fui abrir a porta. Ao ver atirei-me para os seus
braços, unido de seguida os nossos lábios.
Fechei a
porta e com os nossos lábios colados fui até à sala, deitámo-nos no sofá e
ficamos a matar as saudades que tínhamos um do outro.
Depois de o
fazermos levantei-me, vesti a camisola dele.
Vera: Queres
comer alguma coisa?-como ele tinha acabado de chegar, e tínhamos logo vindo
para a sala, ele ainda não devia ter comido nada.
Rúben: Não
me importava.
Vera: Neste
caso espera aqui um pouco. - ele ficou debaixo de um lençol, e pegou no
comando.
Fiz umas
tostas, uns ovos mexidos, e fritei algum bacon levei para a mesa. Ambos comemos
e depois voltamos para a sala.
Rúben: Tenho
algo para ti. - falou enquanto eu fechava o fecho das minhas calças.
Vera: O
quê?
Rúben: Anda
cá. - sentei-me ao seu lado no sofá, e ele pegou numa pequena mala que tinha
trazido consigo.
O que terá
o Rúben para a Vera?
Fiquei curiosa para saber o que o Ruben trouxe para a Vera. E estou ansiosa para saber da sessão da Raquel.
ResponderEliminarPróximo :)
Olá!
ResponderEliminarAdorei mas afinal qual era a novidade da Vera??? Sera que passei algum capitulo à frente, eu acho que nao o.O
Mas passando isso à frente, agora quero é ver a sessao da Raquel! (sim porque estou muitoooo curiosa!)
Venha dai o proximo!!
Beso
Ana Santos
Ah o Rubén tem uma prenda para a Vera? O que é? O que é?
ResponderEliminarVenha o próximo ;)