quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Capitulo 17-"Os desejos fazem destas coisas …"





(Hugo)
Liguei á Raquel para se arranjar, porque íamos a um lugar. Claro que ela ficou MUITO curiosa, mas não ia estragar a surpresa agora que estava tão perto e depois de todo o trabalho que tive.
Cheguei a casa dela e nem tive tempo para bater a porta, ela já lá estava á espera que eu lhe contasse onde íamos.

Raquel



Raquel: Onde vamos?

Hugo: E nem um bom dia? – disse eu á espera de um beijo.

Raquel: Prefiro que me digas onde vamos.

Hugo: Pois, mas isso não vai acontecer. Já estás pronta?

Raquel: Sim, acho que sim. Mas Hugo, o que é que devo levar? Nem sei se estou bem assim… - disse ela com aquela carinha a morrer de curiosidade.

Hugo: Estás ótima! Não te preocupes, vamos para um lugar bem calminho, só tu e eu!

Raquel: Estou a ficar nervosa Hugo. Diz qualquer coisa, só uma pista, vá lá!! – dizia ela, como se fosse uma criança para saber quais eram os presentes de Natal.

Hugo: Não vou dizer nada. Vais ter de esperar, não vou estragar a surpresa agora.

Raquel: Oh Hugo diz!

Hugo: Não digo! Anda lá, para não perdermos tempo.

Descemos para irmos para o carro, ela nunca se calou. Abri-lhe a porta, deixei-a entrar, tentei ser o mais romântico possível, mas mesmo assim ela não acalmava, fazia cada vez mais perguntas, e quando entrei no carro e disse-lhe que tinha que lhe meter uma venda, ela passou-se.

Raquel: Nem penses. Uma venda para quê? Vai raptar me ou assim? Deves estar a goza comigo, só pode.

Hugo: Toma calma. Eu estou a tentar fazer te uma surpresa e tu não estás a ajudar muito. Confia em mim, okay? E sim vou raptar te, és só minha e quero estar só contigo!

Lá consegui que ela metesse a venda, um pouco contrariada, mas meteu. Esteve amuada o caminho todo, eu estava a ver que ia ter de estragar a surpresa toda por causa do filme que ela estava a fazer, felizmente nunca tirou a venda. 

Hugo: Pronto, já chegámos!

Raquel: Já posso tirar isto dos olhos? – disse ela já impaciente.

Hugo: Não, ainda não.

Raquel: Estás a gozar, certo?! Já não estou a achar piada nenhuma a esta brincadeira Hugo.

Hugo: Toma calma miúda. – disse para a picar ainda mais.

Raquel: Calma o quê? Já estou farta, e não me chames miúda. Onde é que estamos? Diz lá!!

Hugo: Espera. Agora vamos sair do carro, eu vou-te ajudar, mas nunca tiras a venda tas a 
ouvir?!

Raquel: Ohh Hugo, deixa-me tirar a venda! Anda lá, eu quero ver onde estamos.

Hugo: Já vais ver, mas agora espera. Anda lá, devagar com a cabeça, vamos ter que subir uns degraus por isso cala-te e ouve-me.

Raquel: Pow… tem alguém a ver-me fazer estas figuras? Diz-me que não!

Hugo: Por acaso tem algumas!

Raquel: HUGO!!

Já estava cansado das perguntas dela, e como estava a ver que nunca mais íamos chegar, peguei nela ao colo e levei-a lá para dentro.

Raquel: Oh meu Deus Hugo, o que é que estás a fazer?

Hugo: Então, eu estou a ser fofinho levando a minha namorada ao colo, não é isso que todas 
as miúdas sonham? Estou a ser o namorado romântico.

Raquel: Namorado romântico só se me deixares tirar a venda.

Hugo: Sim, sim! Olha, vamos entrar num elevador, por isso não te assustes.

Raquel: Mas para onde é que me estas a levar? Vais-me atirar de algum prédio ou assim?!
Já nem dizia nada, limitei me a ficar calado, como se estivesse a despreza-la, e claro que ela ficava cada vez mais desesperada.

Raquel: Mas estas a ouvir? Eu estou a falar contigo! Ohh amorzinho, fala comigo, diz-me onde 
estamos, vá lá, diz! – disse ela a tentar ser fofinha.

Hugo: Pronto já chegámos, e não, não podes tirar a venda já!

Desconhecido: Tenha uma agradável estadia, e divirtam-se.

Raquel: O quê?

Hugo: Obrigado.

Desconhecido: Se precisarem de alguma coisa é só chamar.

Raquel: Eu preciso! Que me tire daqui já!! Este homem está a tentar raptar-me, e depois vai-
me me matar, o senhor não quer ficar com esse peso na consciência pois não?!

Hugo: És doida? Ainda vão pensar que é verdade. Mais uma vez obrigado.

Raquel: Então já me podes explicar onde estamos?

Hugo: Vamos agora passar numa porta, e já te digo tudo! – enquanto disse isto, ela tropeçou 
nos seus próprio pés.

Raquel: HUGO! Estive quase caída, deixa me lá tirar isto.

Hugo: Pronto, já estamos os dois sozinhos. Mete as mãos na venda e quando disser três tiras.

Raquel: Está bem! Anda lá, estou cada vez mais curiosa!

Hugo: Um, dois, três!!

Raquel: OHH MEU DEUS, HUGO!


(Raquel)

Raquel: OH MEU DEUS, HUGO! OH MEU DEUS!! Mas o que é isto? Mas…

Hugo: então o que achas? Gostas?

Raquel: Se gosto? Eu, eu não gosto, eu ADORO. Quem é que fez isto?

Hugo: Fui eu, quem é que havia de ser.

Raquel: Tu? Tu fizeste isto tudo?

Hugo: Sim! Claro que fui eu.

Raquel: Está lindo Hugo, nem tenho palavras. – dizendo isto dei-lhe um beijo e agradeci.

E estava mesmo lindo. Apercebi-me que estávamos num hotel, mesmo dentro do quarto. Era 
uma suite enorme, e na cama estavam pétalas de rosa fazendo corações, estava magnifico.



Hugo: Mas como é muito cedo para virmos para a cama, tens fome?


Raquel: Sim, tenho!

Hugo: Então podemos deixar as nossas coisas aqui, e vamos jantar.

Raquel: Então também há jantar? Estou surpreendida contigo!

Hugo: Há muitas coisas sobre mim, que desconheces, miúda!

Raquel: Sim, tu e a miúda. Anda lá que tenho fome!

Saímos do quarto e houve um empregado que nos acompanhou até a uma sala individual, onde estava uma mesa para dois, num ambiente muito romântico. O Hugo puxou a cadeira para eu me sentar, e logo depois ele sentou-se também. Um outro empregado veio para pedirmos a ementa. Não percebi nada do que estava lá escrito, tudo nomes franceses, nem sabia o que queriam dizer, então para não fazer figura de tola, escolhi o primeiro prato da ementa. Enquanto estávamos a espera da comida, aparece um homem com um violino, que me deixa desconfortável, aquela musiquinha a entrar pelos ouvidos já me estava a causar dores de cabeça, e tê-lo ali a olhar para nós, nem tínhamos privacidade.




Raquel: Hugo, este homem vai ficar aqui muito tempo? Não estou a achar piada nenhuma.


Hugo: Oh amor, ele está aqui para tornar o ambiente ainda mais romântico.

Raquel: Acredita, o ambiente está a ficar tudo menos romântico. Parece um mp3 ambulante. 
Ele não pode sair?

Hugo: Se é isso que queres. – ele fez um sinal ao homem, e este saiu.

No momento em que o homem do violino saia, o empregado vinha com os nossos pratos, e mal podia esperar para saber o que ia comer. Fui a primeira a ser servida, logo depois o Hugo tinha o seu prato á frente. Fiquei de boca aberta.

Hugo: Humm, parece delicioso! – disse ele a esfregar as mãos. Nem tive reação, fiquei com a cara mais parva do mundo. – Então não comes?

Raquel: O que é isto Hugo?





Hugo: Então não foi isto que pediste?


Raquel: Não sei… Foi? Quer dizer… Ohh Hugo eu lá sabia o que é que estava a escolher, tudo nomes pipis, sabes que não entendo nada disso.

Hugo: Ohh amor, então porque não disseste?

Raquel: Olha para não estragar o ambiente, ainda por cima estás todo contente, e não queria fazer figuras tolas á frente desta gente.

Hugo: Não ias estragar nada, e estou contente porque estou contigo, nem interessa o que 
como, só quero estar contigo, e quero que te sintas tão feliz como eu.

Raquel: Eu sei… E sinto me muito feliz, acredita! Sabes que gosto muito de ti, não sabes!?

Hugo: Ai gostas, não sabia! – levantei e sentei me no colo dele, acabando por lhe dar um 
beijo. – Adoro-te!

Raquel: Também te adoro muito!! Só não gosto de carne crua como esta e um bocado de 
puré de batata a acompanhar. Não podemos escolher outra coisa, eu sei que já é um pouco 
tarde, mas acho que não vou comer isto, e tenho fome.

Hugo: Vamos ver o que se arranja.

Raquel: Posso dar uma sugestão?

Hugo: Claro! Estás a pensar em quê?

Raquel: Bem, tu sabes qual é a minha comida preferida… E é uma das comidas românticas,
pelo menos no filme da Disney é!







Hugo: Estás a falar de esparguete com almondegas, do filme “A Dama e o Vagabundo”?

Raquel: Olha como adivinhas te! Diz lá que não é romântico, pelo menos é bom e não tem 
carne crua, ao contrário daquele prato terrível.

Hugo: Vou ver se podemos arranjar isso, só para ti Princesa! Só mesmo tu para veres filmes 
da Disney.

Raquel: Toda a gente vê. Mas vê la se arranjas, porque tenho fome!

O Hugo foi falar com um empregado, para ver se podíamos comer outra coisa, esperava eu que fosse as almôndegas.

Raquel: Então, vamos poder comer as almôndegas?

Hugo: Não sei bem. O homem não ficou nada satisfeito com o pedido, mas como sou cliente frequente do restaurante e sou jogador, ele disse que ia tentar.

Raquel: Quero mesmo comer. Mas então vens aqui muitas vezes é? Deves trazer as tuas amiguinhas todas, estou a ver tudo.

Hugo: Não sejas tola, vinha aqui muitas vezes com a minha mãe, e também é um dos restaurantes onde há jantares com a equipa.

Raquel: Ahh, estou a ver.

Hugo: Não sejas desconfiada, eu quero te a ti, senão nem estávamos aqui.

Raquel: Eu sei, mas és famoso e tens tantas atras de ti, porquê eu!? Tenho medo que estejas só a brincar comigo, que seja apenas mais uma na tua lista de conquistas…

Hugo: Se não gostasse mesmo de ti, achas que tinha tido este trabalho todo? E as outras não me interessam, tu és especial, és a tal, isso é o que importa!

Fiquei toda derretida com a conversa, que nem tive palavras para lhe responder. Com ele sinto me protegida, mais confiante, amada, e acima de tudo, sinto me FELIZ! Entretanto o empregado veio á mesa e disse que tínhamos tido sorte, e as almôndegas estavam quase prontas.

Raquel: Ai, que bom! Mal posso esperar, só espero que estejam boas.

Hugo: Já sei que sempre que te levar a jantar fora, havemos de comer almôndegas.

Raquel: Pode ser, eu ADORO almôndegas! Os desejos fazem destas coisas …

Hugo: Han? O quê?

Raquel: O que foi?

Hugo: Quais desejos?

Raquel: Eu falei em desejos? Deves ter ouvido mal…

Hugo: Pois, talvez foi isso!








Raquel: Olha o que vem ai! Almôndegas!!

Hugo: Finalmente, já estava a morrer de fome!

Raquel: Sou capaz de comer por dois.

Hugo: Estás a tentar dizer me alguma coisa?

Raquel: Eu? Não estou a tentar dizer nada, só quero mesmo comer!

Hugo: Tens a certeza?

Raquel: Se quero comer? Claro que quero comer!

Hugo: Não é isso! Tens a certeza que não se passa nada?

Raquel: Já te disse, não é nada! Desconfiado…

Hugo: Não sou desconfiado, mas estou a ficar preocupado.

Raquel: Preocupado com quê? Eu estou bem, só quero comer.

Hugo: Pronto, ok! Queres partilhar, essa almondegas?

Raquel: Gozas-te com as almondegas, e agora queres?

Hugo: Anda lá…

Raquel: Chega-te para aqui, mas não vais comer tudo!

Hugo: Só um pouco.

Estivemos a comer do mesmo prato, e ele quase comeu as minhas almondegas todas, mas 
consegui vingar-me, sujei-lhe todo, no nariz, na boca, até a camisa estava cheia de molho, 
mas ele fez-me o mesmo.

Hugo: Queres sobremesa?

Raquel: Claro, o que é que tem?

Hugo: Tem gelado, cheese cake e mousse de chocolate. O que é que queres?

Raquel: Mousse de chocolate, sem dúvida!

Hugo: Vou ali pedir duas taças de mousse.

Ele foi pedir o mousse, e veio com duas taças na mão, em forma de coração.


Raquel: Hmm… está tão bom Hugo.

Hugo: Está mesmo! Possa raquel, já estás mesmo a acabar.

Raquel: ohh Hugo, está mesmo bom! Podes ir pedir mais para mim?

Hugo: Sim, acho que sim. Mas ainda estás com fome? Vais sair daqui a rebolar.

Raquel: Não tenho a culpa de ter fome, tens algum problema?

Hugo: Não, não tenho problema nenhum, vou já buscar mais mousse.

Raquel: Ainda bem!

Hugo: Pronto, está aqui o teu pedido miúda!

Raquel: Obrigada!

Hugo: Já nem dizes nada quando te chamo de miúda.

Raquel: Pois. Tenho uma coisa para te perguntar desde que chegámos…


Hugo: o quê? O que é que se passa?

Raquel: Esquece… falamos depois!

Hugo: Não, vais falar agora!

Raquel: Não, agora não! Vamos para o quarto?

Hugo: Oh raquel não me deixes assim sem saber.

Raquel: podemos ir para o quarto?

Hugo: Não mudes de conversa.

Raquel: Eu vou andando, tenho que ir á casa de banho. Depois vai lá ter.

Hugo: Raquel fala comigo!

Raquel: Até já!

Hugo: Sim, está bem! CHATA!

Fui até ao quarto, tinha mesmo que ir à casa de banho. O Hugo estava a demorar, então 
decidi ligar o jacuzzi que tínhamos no quarto, despi a roupa que estava suja do molho e fiquei 
apenas de soutien e cuecas, mas como estava com frio vesti o roupão que estava pendurado na casa de banho. Mas o Hugo não chegava, então meti-me no jacuzzi  Estive quase dez minutos sozinha e lá depois ele apareceu.



Hugo: Raquel, onde estás?

Raquel: Estou aqui dentro!

Hugo: Posso entrar?

Raquel: Podes, que pergunta tola!

Hugo: Sei lá, podias estar a sentir te mal ou querias ficar sozinha.

Raquel: Mas podes entrar.

Hugo: Então estás a divertir-te sim mim?

Raquel: Estavas a demorar muito tempo, então entrei.

Hugo: Faz ai espaço para mim!

Raquel: Tira essa camisa cheia de molho, badalhoco!

Hugo: O quê? Tu é que sujaste-me todo! Vou ali buscar o champagne, toma o teu copo.

Raquel: Não posso beber.

Hugo: Então porquê? Estás bem?

Raquel: Só não me apetece, não te preocupes.

Hugo: Estás esquisita!

Raquel: Não estou nada, só que não me apetece!

Hugo: Vou fingir que acredito!



Como vai terminar a noite destes os dois?


Ola meninas!
Pedimos desculpa pela a demora mas para vos compensar podemos já vos dizer que para além de termos novas ideias para escrever o capitulo 18 já está a ser escrito ;D
Deixem as vossas opiniões,que tanto eu como a Marta queremos as ler!
Beijinhos
Rita e Marta