(Hugo)
Liguei á Raquel para
se arranjar, porque íamos a um lugar. Claro que ela ficou MUITO curiosa, mas
não ia estragar a surpresa agora que estava tão perto e depois de todo o
trabalho que tive.
Cheguei a casa dela e
nem tive tempo para bater a porta, ela já lá estava á espera que eu lhe
contasse onde íamos.
Raquel |
Raquel: Onde vamos?
Hugo: E nem um bom dia? – disse eu á
espera de um beijo.
Raquel: Prefiro que me digas onde vamos.
Hugo: Pois, mas isso não vai acontecer.
Já estás pronta?
Raquel: Sim, acho que sim. Mas Hugo, o
que é que devo levar? Nem sei se estou bem assim… - disse ela com aquela
carinha a morrer de curiosidade.
Hugo: Estás ótima! Não te preocupes,
vamos para um lugar bem calminho, só tu e eu!
Raquel: Estou a ficar
nervosa Hugo. Diz qualquer coisa, só uma pista, vá lá!! – dizia ela, como se
fosse uma criança para saber quais eram os presentes de Natal.
Hugo: Não vou dizer
nada. Vais ter de esperar, não vou estragar a surpresa agora.
Raquel: Oh Hugo diz!
Hugo: Não digo! Anda
lá, para não perdermos tempo.
Descemos para irmos
para o carro, ela nunca se calou. Abri-lhe a porta, deixei-a entrar, tentei ser
o mais romântico possível, mas mesmo assim ela não acalmava, fazia cada vez
mais perguntas, e quando entrei no carro e disse-lhe que tinha que lhe meter
uma venda, ela passou-se.
Raquel: Nem penses.
Uma venda para quê? Vai raptar me ou assim? Deves estar a goza comigo, só pode.
Hugo: Toma calma. Eu
estou a tentar fazer te uma surpresa e tu não estás a ajudar muito. Confia em
mim, okay? E sim vou raptar te, és só minha e quero estar só contigo!
Lá consegui que ela
metesse a venda, um pouco contrariada, mas meteu. Esteve amuada o caminho todo,
eu estava a ver que ia ter de estragar a surpresa toda por causa do filme que
ela estava a fazer, felizmente nunca tirou a venda.
Hugo: Pronto, já
chegámos!
Raquel: Já posso
tirar isto dos olhos? – disse ela já impaciente.
Hugo: Não, ainda não.
Raquel: Estás a
gozar, certo?! Já não estou a achar piada nenhuma a esta brincadeira Hugo.
Hugo: Toma calma
miúda. – disse para a picar ainda mais.
Raquel: Calma o quê?
Já estou farta, e não me chames miúda. Onde é que estamos? Diz lá!!
Hugo: Espera. Agora
vamos sair do carro, eu vou-te ajudar, mas nunca tiras a venda tas a
ouvir?!
Raquel: Ohh Hugo,
deixa-me tirar a venda! Anda lá, eu quero ver onde estamos.
Hugo: Já vais ver,
mas agora espera. Anda lá, devagar com a cabeça, vamos ter que subir uns
degraus por isso cala-te e ouve-me.
Raquel: Pow… tem
alguém a ver-me fazer estas figuras? Diz-me que não!
Hugo: Por acaso tem
algumas!
Raquel: HUGO!!
Já estava cansado das
perguntas dela, e como estava a ver que nunca mais íamos chegar, peguei nela ao
colo e levei-a lá para dentro.
Raquel: Oh meu Deus
Hugo, o que é que estás a fazer?
Hugo: Então, eu estou
a ser fofinho levando a minha namorada ao colo, não é isso que todas
as miúdas
sonham? Estou a ser o namorado romântico.
Raquel: Namorado
romântico só se me deixares tirar a venda.
Hugo: Sim, sim! Olha,
vamos entrar num elevador, por isso não te assustes.
Raquel: Mas para onde
é que me estas a levar? Vais-me atirar de algum prédio ou assim?!
Já nem dizia nada,
limitei me a ficar calado, como se estivesse a despreza-la, e claro que ela
ficava cada vez mais desesperada.
Raquel: Mas estas a
ouvir? Eu estou a falar contigo! Ohh amorzinho, fala comigo, diz-me onde
estamos, vá lá, diz! – disse ela a tentar ser fofinha.
Hugo: Pronto já
chegámos, e não, não podes tirar a venda já!
Desconhecido: Tenha
uma agradável estadia, e divirtam-se.
Raquel: O quê?
Hugo: Obrigado.
Desconhecido: Se
precisarem de alguma coisa é só chamar.
Raquel: Eu preciso!
Que me tire daqui já!! Este homem está a tentar raptar-me, e depois vai-
me me
matar, o senhor não quer ficar com esse peso na consciência pois não?!
Hugo: És doida? Ainda
vão pensar que é verdade. Mais uma vez obrigado.
Raquel: Então já me
podes explicar onde estamos?
Hugo: Vamos agora
passar numa porta, e já te digo tudo! – enquanto disse isto, ela tropeçou
nos
seus próprio pés.
Raquel: HUGO! Estive
quase caída, deixa me lá tirar isto.
Hugo: Pronto, já
estamos os dois sozinhos. Mete as mãos na venda e quando disser três tiras.
Raquel: Está bem!
Anda lá, estou cada vez mais curiosa!
Hugo: Um, dois,
três!!
Raquel: OHH MEU DEUS, HUGO!
(Raquel)
Raquel: OH MEU DEUS, HUGO!
OH MEU DEUS!! Mas o que é isto? Mas…
Hugo: então o que achas?
Gostas?
Raquel: Se gosto? Eu, eu não
gosto, eu ADORO. Quem é que fez isto?
Hugo: Fui eu, quem é que
havia de ser.
Raquel: Tu? Tu fizeste isto
tudo?
Hugo: Sim! Claro que fui eu.
Raquel: Está lindo Hugo, nem
tenho palavras. – dizendo isto dei-lhe um beijo e agradeci.
E estava mesmo lindo.
Apercebi-me que estávamos num hotel, mesmo dentro do quarto. Era
uma suite
enorme, e na cama estavam pétalas de rosa fazendo corações, estava magnifico.
Hugo:
Mas como é muito cedo para virmos para a cama, tens fome?
Raquel:
Sim, tenho!
Hugo:
Então podemos deixar as nossas coisas aqui, e vamos jantar.
Raquel:
Então também há jantar? Estou surpreendida contigo!
Hugo:
Há muitas coisas sobre mim, que desconheces, miúda!
Raquel:
Sim, tu e a miúda. Anda lá que tenho fome!
Saímos
do quarto e houve um empregado que nos acompanhou até a uma sala individual,
onde estava uma mesa para dois, num ambiente muito romântico. O Hugo puxou a
cadeira para eu me sentar, e logo depois ele sentou-se também. Um outro
empregado veio para pedirmos a ementa. Não percebi nada do que estava lá
escrito, tudo nomes franceses, nem sabia o que queriam dizer, então para não
fazer figura de tola, escolhi o primeiro prato da ementa. Enquanto estávamos a
espera da comida, aparece um homem com um violino, que me deixa desconfortável,
aquela musiquinha a entrar pelos ouvidos já me estava a causar dores de cabeça,
e tê-lo ali a olhar para nós, nem tínhamos privacidade.
Raquel:
Hugo, este homem vai ficar aqui muito tempo? Não estou a achar piada nenhuma.
Hugo:
Oh amor, ele está aqui para tornar o ambiente ainda mais romântico.
Raquel:
Acredita, o ambiente está a ficar tudo menos romântico. Parece um mp3
ambulante.
Ele não pode sair?
Hugo:
Se é isso que queres. – ele fez um sinal ao homem, e este saiu.
No
momento em que o homem do violino saia, o empregado vinha com os nossos pratos,
e mal podia esperar para saber o que ia comer. Fui a primeira a ser servida,
logo depois o Hugo tinha o seu prato á frente. Fiquei de boca aberta.
Hugo:
Humm, parece delicioso! – disse ele a esfregar as mãos. Nem tive reação, fiquei
com a cara mais parva do mundo. – Então não comes?
Raquel:
O que é isto Hugo?
Hugo:
Então não foi isto que pediste?
Raquel:
Não sei… Foi? Quer dizer… Ohh Hugo eu lá sabia o que é que estava a escolher,
tudo nomes pipis, sabes que não entendo nada disso.
Hugo:
Ohh amor, então porque não disseste?
Raquel:
Olha para não estragar o ambiente, ainda por cima estás todo contente, e não
queria fazer figuras tolas á frente desta gente.
Hugo:
Não ias estragar nada, e estou contente porque estou contigo, nem interessa o
que
como, só quero estar contigo, e quero que te sintas tão feliz como eu.
Raquel:
Eu sei… E sinto me muito feliz, acredita! Sabes que gosto muito de ti, não
sabes!?
Hugo:
Ai gostas, não sabia! – levantei e sentei me no colo dele, acabando por lhe dar
um
beijo. – Adoro-te!
Raquel:
Também te adoro muito!! Só não gosto de carne crua como esta e um bocado de
puré de batata a acompanhar. Não podemos escolher outra coisa, eu sei que já é
um pouco
tarde, mas acho que não vou comer isto, e tenho fome.
Hugo:
Vamos ver o que se arranja.
Raquel: Posso dar uma
sugestão?
Hugo: Claro! Estás a pensar
em quê?
pelo menos no filme da Disney é!
Hugo: Estás a falar de
esparguete com almondegas, do filme “A Dama e o Vagabundo”?
Raquel: Olha como adivinhas
te! Diz lá que não é romântico, pelo menos é bom e não tem
carne crua, ao
contrário daquele prato terrível.
Hugo: Vou ver se podemos
arranjar isso, só para ti Princesa! Só mesmo tu para veres filmes
da Disney.
Raquel: Toda a gente vê. Mas
vê la se arranjas, porque tenho fome!
O Hugo foi falar com um
empregado, para ver se podíamos comer outra coisa, esperava eu que fosse as almôndegas.
Raquel: Então, vamos poder
comer as almôndegas?
Hugo: Não sei bem. O homem
não ficou nada satisfeito com o pedido, mas como sou cliente frequente do
restaurante e sou jogador, ele disse que ia tentar.
Raquel: Quero mesmo comer.
Mas então vens aqui muitas vezes é? Deves trazer as tuas amiguinhas todas,
estou a ver tudo.
Hugo: Não sejas tola, vinha
aqui muitas vezes com a minha mãe, e também é um dos restaurantes onde há
jantares com a equipa.
Raquel: Ahh, estou a ver.
Hugo: Não sejas desconfiada,
eu quero te a ti, senão nem estávamos aqui.
Raquel: Eu sei, mas és
famoso e tens tantas atras de ti, porquê eu!? Tenho medo que estejas só a
brincar comigo, que seja apenas mais uma na tua lista de conquistas…
Hugo: Se não gostasse mesmo
de ti, achas que tinha tido este trabalho todo? E as outras não me interessam,
tu és especial, és a tal, isso é o que importa!
Fiquei toda derretida com a
conversa, que nem tive palavras para lhe responder. Com ele sinto me protegida,
mais confiante, amada, e acima de tudo, sinto me FELIZ! Entretanto o empregado
veio á mesa e disse que tínhamos tido sorte, e as almôndegas estavam quase
prontas.
Raquel: Ai, que bom! Mal
posso esperar, só espero que estejam boas.
Hugo: Já sei que sempre que
te levar a jantar fora, havemos de comer almôndegas.
Raquel: Pode ser, eu ADORO
almôndegas! Os desejos fazem destas coisas …
Hugo: Han? O quê?
Raquel: O que foi?
Hugo: Quais desejos?
Raquel: Eu falei em desejos?
Deves ter ouvido mal…
Hugo: Pois, talvez foi isso!
Raquel: Olha o que vem ai!
Almôndegas!!
Hugo: Finalmente, já estava
a morrer de fome!
Raquel: Sou capaz de comer
por dois.
Hugo: Estás a tentar dizer
me alguma coisa?
Raquel: Eu? Não estou a
tentar dizer nada, só quero mesmo comer!
Hugo: Tens a certeza?
Raquel: Se quero comer?
Claro que quero comer!
Hugo: Não é isso! Tens a
certeza que não se passa nada?
Raquel: Já te disse, não é
nada! Desconfiado…
Hugo: Não sou desconfiado,
mas estou a ficar preocupado.
Raquel: Preocupado com quê?
Eu estou bem, só quero comer.
Hugo: Pronto, ok! Queres
partilhar, essa almondegas?
Raquel: Gozas-te com as
almondegas, e agora queres?
Hugo: Anda lá…
Raquel: Chega-te para aqui,
mas não vais comer tudo!
Hugo: Só um pouco.
Estivemos a comer do mesmo
prato, e ele quase comeu as minhas almondegas todas, mas
consegui vingar-me,
sujei-lhe todo, no nariz, na boca, até a camisa estava cheia de molho,
mas ele
fez-me o mesmo.
Hugo: Queres sobremesa?
Raquel: Claro, o que é que
tem?
Hugo: Tem gelado, cheese
cake e mousse de chocolate. O que é que queres?
Raquel: Mousse de chocolate,
sem dúvida!
Hugo: Vou ali pedir duas
taças de mousse.
Ele foi pedir o mousse, e
veio com duas taças na mão, em forma de coração.
Raquel: Hmm… está tão bom
Hugo.
Hugo: Está mesmo! Possa
raquel, já estás mesmo a acabar.
Raquel: ohh Hugo, está mesmo
bom! Podes ir pedir mais para mim?
Hugo: Sim, acho que sim. Mas
ainda estás com fome? Vais sair daqui a rebolar.
Raquel: Não tenho a culpa de
ter fome, tens algum problema?
Hugo: Não, não tenho
problema nenhum, vou já buscar mais mousse.
Raquel: Ainda bem!
Hugo: Pronto, está aqui o
teu pedido miúda!
Raquel: Obrigada!
Hugo: Já nem dizes nada
quando te chamo de miúda.
Raquel: Pois. Tenho uma
coisa para te perguntar desde que chegámos…
Hugo: o quê? O que é que se
passa?
Raquel: Esquece… falamos
depois!
Hugo: Não, vais falar agora!
Raquel: Não, agora não!
Vamos para o quarto?
Hugo: Oh raquel não me
deixes assim sem saber.
Raquel: podemos ir para o
quarto?
Hugo: Não mudes de conversa.
Raquel: Eu vou andando,
tenho que ir á casa de banho. Depois vai lá ter.
Hugo: Raquel fala comigo!
Raquel: Até já!
Hugo: Sim, está bem! CHATA!
Fui até ao quarto, tinha
mesmo que ir à casa de banho. O Hugo estava a demorar, então
decidi ligar o jacuzzi que tínhamos no quarto, despi a roupa que estava suja do molho e fiquei
apenas de soutien e cuecas, mas como estava com frio vesti o roupão que estava
pendurado na casa de banho. Mas o Hugo não chegava, então meti-me no jacuzzi
Estive quase dez minutos sozinha e lá depois ele apareceu.
Hugo: Raquel, onde estás?
Raquel: Estou aqui dentro!
Hugo: Posso entrar?
Raquel: Podes, que pergunta
tola!
Hugo: Sei lá, podias estar a
sentir te mal ou querias ficar sozinha.
Raquel: Mas podes entrar.
Hugo: Então estás a
divertir-te sim mim?
Raquel: Estavas a demorar
muito tempo, então entrei.
Hugo: Faz ai espaço para
mim!
Raquel: Tira essa camisa
cheia de molho, badalhoco!
Hugo: O quê? Tu é que
sujaste-me todo! Vou ali buscar o champagne, toma o teu copo.
Raquel: Não posso beber.
Hugo: Então porquê? Estás
bem?
Raquel: Só não me apetece,
não te preocupes.
Hugo: Estás esquisita!
Raquel: Não estou nada, só
que não me apetece!
Hugo: Vou fingir que
acredito!
Como vai terminar a noite destes os dois?
Ola meninas!
Pedimos desculpa pela a demora mas para vos compensar podemos já vos dizer que para além de termos novas ideias para escrever o capitulo 18 já está a ser escrito ;D
Deixem as vossas opiniões,que tanto eu como a Marta queremos as ler!
Beijinhos
Rita e Marta